Educação e diferenças étnico-raciais na revista Em Aberto

Palavras-chave: diferenças étnico-raciais, educação escolar indígena, representação

Resumo

O campo teórico dos Estudos Culturais em Educação fundamenta os dois eixos de análise das diferenças étnico-raciais presentes no conjunto de artigos publicados na revista Em Aberto entre 1981 e 2021. Quanto às representações racializadas, observa-se a problematização de estereótipos que naturalizam a branquitude como representação da espécie humana, por exemplo, na literatura e nos livros didáticos. Entretanto, no início do século 21, surge uma literatura afro-brasileira que favorece a “educação para as relações étnico-raciais” na luta antirracista. Além disso, descrições etnográficas do contexto educativo e social de comunidades quilombolas focalizam a participação das crianças no cotidiano dessa sociedade, na qual também se gestam pertenças étnico-raciais. Quanto à situação dos povos indígenas, apesar de as reivindicações por oferta de educação escolar específica e com professores das próprias comunidades estarem inseridas no campo legislativo, persistem os desafios ligados à questão orçamentária e às ameaças aos direitos alcançados na Constituição Federal. Por isso, as discussões precisam prosseguir, incorporando movimentos e sujeitos indígenas.

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Biografia do Autor

Iara Tatiana Bonin, Universidade Luterana do Brasil (Ulbra)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq – Pq 2).

Daniela Ripoll, Universidade Luterana do Brasil (Ulbra)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é professora adjunta da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).

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Publicado
30-05-2022
Seção
Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?