A ressignificação na prática de avaliar do professor alfabetizador pautada nos direitos de aprendizagem
Resumo
Este texto apresenta reflexões acerca do processo de ressignificação de práticas pedagógicas dos professores participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), na Universidade Federal do Amapá (Unifap). Com base na abordagem qualitativa de pesquisa em educação, realizou-se um
mapeamento fundamentado no paradigma indiciário, tendo por foco indícios em dados documentais de instrumentos formativos construídos na formação: o diário reflexivo e o relatório descritivo. A análise demonstrou que, sob dois aspectos – incorporação no fazer docente de um planejamento de ações/práticas didáticas alinhadas aos direitos de aprendizagem e de uma avaliação formativa alicerçada nos direitos de aprendizagem –, os alfabetizadores, então apoiados na dimensão de avaliação classificatória, passaram, no decorrer da formação continuada, a fundar-se em outra, diagnóstica, emancipatória, formativa/formativa-reguladora.
Downloads
Referências
ANDRÉ, M. E. D. A. Estudo de caso em pesquisa e avaliação educacional. Brasília: Liber Livro, 2005.
ANDRÉ, M. E. D. A.; PONTIN, M. M. D. O diário reflexivo, avaliação e investigação didática. Revista Meta: Avaliação, Rio de Janeiro, v. 2, n. 4, p. 13-30, jan./abr. 2010.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BRAIT, B. A natureza dialógica da linguagem: formas e graus de representação dessa dimensão cognitiva. In: FARACO, C. F; TEZZA, C.; CASTRO, G. (Orgs.). Diálogos com Bakhtin. 3. ed. Curitiba: Editora da UFPR, 2001. p. 69-92.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Portaria nº 867, de 4 de julho de 2012. Institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa e as ações do Pacto e define suas diretrizes gerais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 de jul. 2012. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11125-05072012-portaria-867&category_ slug=junho-2012-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 16 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Elementos conceituais e metodológicos para definição dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento do ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos) do ensino fundamental. Brasília: MEC, 2012a.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: avaliação no ciclo de alfabetização: reflexões e sugestões. Brasília: MEC, 2012b.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: currículo na alfabetização: concepções e princípios – ano 01, unidade 01. Brasília: MEC, 2012c. Disponível em: . Acesso em: 16 out. 2020
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: formação do professor alfabetizador: caderno de apresentação. Brasília: MEC, 2012d.
FERNANDES, C. O. Avaliação da aprendizagem não é medida: reprovação não garante qualidade. Salto para o Futuro, [S. l.], v. 23, n. 8, p. 10-19, maio 2013.
FERREIRA, A. T. B.; LEAL, T. F. Formação continuada de professores: enfim, o que pensam e sugerem os docentes? In: FERREIRA, A. T. B.; CRUZ, S. P. Formação continuada de professores: reflexões sobre a prática. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2010. p. 69-86.
FERREIRA, A. T. B.; ROSA, E. C. S.; TELES, R. Atividades lúdicas: hora de aprender, hora de avaliar? In: BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: vamos brincar de reinventar histórias – ano 03, unidade 04. Brasília: MEC, 2012. p. 28-31.
FETZNER, A. R. Quando a avaliação precisa dar certo: os desafios da não reprovação. Salto para o Futuro, [S. l.], v. 23, n. 8, p. 20-23, maio 2013.
GINZBURG, C. Sinais: raízes de um paradigma indiciário. In: GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais. São Paulo: Companhia das Letras,1991.
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2003.
LEAL, T. F. Avaliação e organização do trabalho docente: a importância dos registros. In: BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Básica (SEB). Pacto nacional pela alfabetização na idade certa: organização do trabalho docente para promoção da aprendizagem – ano 01, unidade 08. Brasília, 2012. p. 15-19.
LEAL, T. F.; ALBUQUERQUE, E. B. C.; MORAIS, A. G. (Orgs.). Alfabetizar letrando na EJA: fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. (Coleção Estudos em EJA).
LUCKESI, C. C. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da biossíntese. In: LUCKESI, C. C. Ludopedagogia: educação e ludicidade. Salvador: UFBA, Faced, PPGE, 2000. P. 9-42.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A.; Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. (Temas Básicos em Educação e Ensino).
MORAIS, A. G. Políticas de avaliação da alfabetização: discutindo a Provinha Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 17, n. 51, p. 551-571, set./dez. 2012.
PEREIRA, G. B.; SANCHIS, I. P.; MOREIRA, L. R. Sujeito, sociedade e discurso. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 62, n. 2, p. 2-13, 2010.
PERRENOUD, Ph. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SAUL, A. M. Avaliação emancipatória: desafios à teoria e à prática de avaliação e reformulação de currículo. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995.
SUASSUNA, L. Instrumentos de avaliação em língua portuguesa: limites e possibilidades. In: MARCUSCHI, B.; SUASSUNA, L. (Org.). Avaliação em Língua Portuguesa: contribuições para a prática pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. P. 111-126.
Copyright (c) 2020 Em Aberto
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A aceitação do texto implica automaticamente a cessão de seus direitos autorais ao Inep.
A revista Em Aberto adota a licença CC-BY.
A reprodução total ou parcial dos textos da revista é permitida desde que citada a fonte de publicação original e o link para a licença CC BY 4.0 e que sejam indicadas eventuais alterações no texto.