Uma comparação entre os Modelos Profluxo e IPC quando aplicados aos dados do sistema educacional brasileiro

  • André Braz Golgher
  • Eduardo Luiz Gonçalvez Rios-Neto

Resumo

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Universidade Federal de Minas Gerais, mediante o Cedeplar, firmaram convênio de cooperação técnica visando analisar a produtividade do sistema educacional brasileiro, no que diz respeito a rendimento e permanência dos alunos no ensino fundamental. Foram utilizadas as bases de dados do Inep e de outros órgãos produtores de informação, a fim de que fossem desenvolvidas metodologias analíticas e de pesquisa. Nesta série, apresentamos alguns dos resultados do convênio, através de três trabalhos que tratam dos "Aspectos Metodológicos sobre Indicadores Educacionais no Brasil", englobando os Textos para Discussão nºs 16 e 19. O Texto para Discussão nº 16 inclui o artigo "Uma Comparação entre os Modelos Profluxo e IPC quando Aplicados a Dados do Sistema Educacional Brasileiro". O artigo, que compara o modelo Profluxo tradicional com o chamado modelo IPC, é uma combinação da noção de probabilidade de progressão por série com taxas correntes de matrícula. A possibilidade de reconstruir o modelo Profluxo e obter uma certa aderência a partir desse novo modelo é um avanço metodológico, já que a metodologia IPC é adequada à projeção e à elaboração de cenários. O Texto para Discussão nº 19 tratará do importante tema Índice de Desenvolvimento Humano, relacionando-o à Educação. Ele inclui dois artigos: "Novas propostas de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Educação: uma aplicação com dados de Minas Gerais e Rio de Janeiro" e "Heterogeneidade educacional no Brasil analisada a partir de diferentes indicadores de desenvolvimento humano". Ambos são fruto de um mesmo estudo que procurou obter novas propostas de Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação. O primeiro artigo discute as limitações dos subíndices utilizados no cálculo do IDH e apresenta novos candidatos a subíndices e propostas alternativas para o IDH tradicional. A título de ilustração, são mostradas as diferenças entre os indicadores propostos quando aplicados aos dados dos Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. O segundo está diretamente ligado ao primeiro e expande o campo de análise para todo o Brasil. A heterogeneidade educacional brasileira é discutida a partir dos dados do IDH tradicional e das novas propostas de indicadores obtidas no trabalho anterior.

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Publicado
30-09-2019