O Pibid como modelo para difusão científica na periferia metropolitana de São Paulo: o caso do projeto Banca da Ciência

  • Ana Paula Moreira Alves Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
  • Emerson Izidoro dos Santos Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
  • Luís Paulo de Carvalho Piassi Universidade de São Paulo (USP)
  • Rui Manoel de Bastos Vieira Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Palavras-chave: difusão científica, Banca da Ciência, Pibid, atividades lúdicas, periferia urbana, São Paulo (capital)

Resumo

A articulação entre o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e o projeto de extensão em divulgação científica Banca da Ciência ampliou o conceito de docência, ao vincular a educação não formal e a divulgação científica como espaços de formação inicial docente. Além disso, os processos formativos plurais incentivaram o protagonismo e a autonomia dos licenciandos que atuam como mediadores de difusão científica em ações, tanto de cunho formal quanto não formal, ampliando o diálogo com os professores que já atuam nas escolas. As atividades que acontecem no espaço escolar em bairros periféricos das cidades de São Paulo, Guarulhos e Diadema colaboram para que a comunidade confie na universidade como uma instituição que também está a serviço dela. Há projetos voltados para diferentes públicos: educação científica para a infância; atividades sobre ciência no cotidiano para o público não escolar com o objetivo de aproximar saberes populares e científicos; para pré-adolescentes dos ensinos fundamental e médio; ações itinerantes para diversos públicos, em diversos lugares. 

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Biografia do Autor

Ana Paula Moreira Alves, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Educação pela mesma Universidade, é professora no programa ensino integral da rede Estadual de Educação do Estado de São Paulo. Membro do grupo de pesquisa interinstitucional Interfaces – Núcleos Temáticos de Estudos e Recursos da Fantasia nas Artes, Ciências, Educação e Sociedade.

Emerson Izidoro dos Santos, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Doutor em Educação para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), é professor adjunto do Departamento de Educação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e orientador no programa
de Pós-Graduação em Educação dessa Universidade. É vice-líder do grupo de pesquisa interinstitucional Interfaces – Núcleos Temáticos de Estudos e Recursos da Fantasia nas Artes, Ciências, Educação e Sociedade.

Luís Paulo de Carvalho Piassi, Universidade de São Paulo (USP)

Doutor em Educação, livre docente em Cultura, Arte e Lazer, é professor titular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP). Coordenador do grupo de pesquisa Interfaces – Núcleos Temáticos de Estudos e Recursos da Fantasia nas Artes, Ciências, Educação e Sociedade e do projeto Banca da Ciência.

Rui Manoel de Bastos Vieira, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Doutor em Ensino de Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), é professor adjunto do Departamento de Ciências Exatas e da Terra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e orientador no programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática dessa Universidade. Membro do grupo de pesquisa interinstitucional Interfaces – Núcleos Temáticos de Estudos e Recursos da Fantasia nas Artes, Ciências, Educação e Sociedade.

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Publicado
02-02-2023
Seção
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