Formação docente na Universidade Federal do Rio de Janeiro: experiências com o estágio supervisionado de prática de ensino

  • Maria Margarida Pereira de Lima Gomes Univesidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) https://orcid.org/0000-0002-8114-3198
  • Warley da Costa Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Palavras-chave: estágio supervisionado, formação docente, licenciatura, prática de ensino.

Resumo

Com base em estudos sobre a formação docente, analisa-se o estágio supervisionado de prática de ensino das licenciaturas em Ciências Biológicas e em História, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na roda de conversa, as narrativas dos ex-licenciandos expressam, de variadas formas, o lugar estratégico do estágio em sua formação inicial, evidenciando três aspectos: a) o convívio com professoras/es propicia a inserção na profissão; b) atividades e materiais de ensino são produtores de processos formativos; c) a experiência de imersão na cultura escolar possibilita compreender a docência em perspectiva inclusiva e democrática. Conclui-se que o estágio, ao valorizar o “saber docente”, possibilita aos futuros professores assumirem com criatividade, criticidade e autonomia as decisões curriculares do cotidiano profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Margarida Pereira de Lima Gomes, Univesidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é professora associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FE/UFRJ), onde também atua no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), no Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (ProfBio), no Projeto Fundão Biologia e no Laboratório do Núcleo de Estudos de Currículo (NEC), no qual coordena o Grupo de Estudos Currículos Escolares, Ensino de Ciências e Materiais Didáticos (GECEEC/UFRJ).

Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com pós-doutorado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FE/UFRJ). Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (ProfHistória) dessa instituição. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de História e Formação de professores (GEHPROF/UFRJ/Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq). É pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino de História (Lepeh/UFRJ), do Laboratório do Núcleo de Estudos de Currículo (NEC/UFRJ) e do Grupo de Pesquisa Interinstitucional Oficinas de Histórias.

Warley da Costa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é professora aposentada da Faculdade de Educação dessa instituição e professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (ProfHistória). Participa do Grupo de Pesquisa Interinstitucional Oficinas de Histórias, do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino de História (Lepeh) e do Núcleo de Estudos de Currículo (NEC), e também coordena o Grupo de Estudos Currículo, Cultura: Identidade/Diferença (GECCID) nessa universidade.

Referências

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Conselho Pleno (CP). Resolução nº 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 abr. 2002a. Seção 1, p. 31.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Conselho Pleno (CP). Resolução nº 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 de mar. de 2002b. Seção 1, p. 9.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (CNE). Conselho Pleno (CP). Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 de jul. de 2015. Seção 1, p. 8-12.

CARVALHO, A.; COSTA, W. O estágio supervisionado como espaço de formação docente: escola e universidade em diálogo. In: GABRIEL, C.T.; MARTINS, M.L.B. (Org.). Formação docente e currículo: conhecimentos, sujeitos e territórios. Rio de Janeiro: Mauad X, 2021. p. 197-210.

FERREIRA, M. S.; GOMES, M. M. Currículo de Ciências: a alquimia das disciplinas escolares e a produção da autonomia docente. Roteiro, Joaçaba, v. 46, e23827, jan./dez. 2021.

GABRIEL, C. T. Complexo de Formação de Professores: uma experiência (inter) intitucional em curso. Profesorado: Revista de Curriculum y Formación del Profesorado, Granada, Espanha, v. 23, n. 3, p. 191-209, jul./sept. 2019.

GOODSON, I. Currículo: teoria e história. Petrópolis: Vozes, 1995. LISBÔA, F. M. Roda de conversa: metodologia na produção de narrativas sobre permanência na universidade. História Oral, [S.l.], v. 23, n. 1, p. 161-182, jan./jun., 2020.

MONTEIRO, A. M. A Prática de Ensino e a produção de saberes na escola. In: CANDAU, V. M. (Org). Didática, currículo e saberes escolares. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. p. 129-147.

MONTEIRO, A. M. F. C. Professores: entre saberes e práticas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 22, n. 74, p.121-142, abr. 2001.

MOURA, A. F.; LIMA, M. G. A reinvenção da roda: roda de conversa, um instrumento metodológico possível. Revista Temas em Educação, João Pessoa, v. 23, n. 1, p. 98-106, jan./jun. 2014.

NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa Fundação Carlos Chagas, São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, out./dez. 2017.

PIMENTA, S. G. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, S. G.; GHEDIN, E. (Org.) Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. 4. ed. São Paulo, Cortez, 2006.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2008.

TARDIF, M. Saberes docentes & formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ). Faculdade de Educação (FE). Ata da terceira sessão ordinária da colenda Congregação da Faculdade de Educação... 11/04/2006. [Rio de Janeiro], 2006. Disponível em: http://www.educacao.ufrj.br/wp-content/uploads/2018/10/Ata-3-Ordinaria-6.pdf . Acesso em: 26 dez. 2022.

VILELA, M. L.; GOMES, M. M. Planejamentos de ensino nos relatos de professores de Ciências e Biologia em formação. In: ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 15., 2010, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, 2010.

Publicado
02-02-2023
Seção
Pontos de vista - O que pensam outros especialistas?